A oportunidade de ouvir o jovem e reputado violoncelista Bruno Borralhinho, membro do Ensemble Mediterrain e da orquestra alemã Dresdner Philharmonie, tocar a integral das suites de Bach, no CCB, era, à partida, obrigatória na agenda de qualquer melómano atento; mas, ouro sobre azul, o facto de o instrumento a ser tocado por Borralhinho nos dois recitais ser o célebre Montagnana de Guilhermina Suggia, durante anos fechado a sete chaves e ainda hoje raramente cedido a intérpretes pela Câmara Municipal do Porto, vai tornar esta ocasião histórica. Será a primeira vez, desde a morte da grande violoncelista, que o seu valiosíssimo instrumento será ouvido numa sala de Lisboa. CCB, Pequeno Auditório, 16 e 17 de Junho, 21h00.